quarta-feira, maio 03, 2006

SOBRE A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS E A ASSESSORIA DE IMPRENSA DA PBH

Na resposta postada pelo governo, ao artigo da professora Modesta, a assessoria de imprensa da PBH só citou números de janeiro a setembro de 2005.

Estranhou? Coincidência ou não, no último trimestre de 2005 ocorreram fatos gravíssimos nas escolas municipais e que poderiam, se computados, macular a imagem do prefeito e de sua valorosa equipe. O assassinato de um aluno por outro no IMACO -nov/05- é só o mais agudo deles.

Tentar esconder que as escolas municipais,particularmente as noturnas, têm se tornado locais perigosos é brincar com a vida e com a inteligência das pessoas. Nenhum número, maquiado ou não, conseguirá dizer que o Colégio Municipal São Cristovão teve seu noturno fechado para balanço e não devido a violência.

A visão míope do que é educação inclusiva e a falta de uma projeto de educação pública, séria, eficaz, verdadeiramente inclusiva e republicana, se faz notar cada vez que alguém da PBH abre a boca para defender o indefensável....

Nosso "colegas da imprensa", recrutados para a dita assessoria, poderiam ter a pachorra de responder-nos: Pode uma escola de verdade, que se pretende inclusiva, existir sem uma quadra de futebol ou de voley sequer?
Uma escola de qualidade pode existir sem professores para todas as disciplinas?
Uma escola republicana, democrática e eficaz, pode existir sem cumprir as normas coletivamente e legitimamente emanadas? O que dizem da falta de tempo para reflexão, para as reuniões pedagógicas- aprovadas no conselho Municipal de Educação e não implementadas pelo executivo municipal?

O que dizem da falta de uma política salarial séria e coerente? O que nos dizem da alegada falta de verbas enquanto se gasta 15 milhões em dois meses no gabinete de Pimentel? E da publicidade/promoção pessoal e partidária, muito bem paga com dinheiro público? Não caracterizaria transferência de dinheiro público para a iniciativa privada de maneira indevida e imoral? E isto tudo não é violência, caros repórteres?

O crescente adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras das escolas, notadamente o/as docentes, SEGUNDO PESQUISA SÉRIA, parece provar o que escrevo

Para terminar: é ou não um bom indicador para a veracidade desta constatação - de que há real e crescente perigo nas escolas municipais - a ausência prolongada da equipe da GERED CS no IMACO, no noturno? Isto para falar de uma escola central. Sumiram de medo da violência física ou da contundência de nossos argumentos? Ou as duas coisas?

A propósito: nunca soube que a assessoria de imprensa tivesse se dignado a visitar um escola noturna...


Até a próxima vítima....

Prof. Geraldinho- terceiro turno- IMACO